sexta-feira, 20 de julho de 2007
Só prão não deixar de citar...
domingo, 8 de julho de 2007
Lição de vida
Ao falar sobre os problemas que afligem o mundo, oriundos do aquecimento global, Thiago de Mello fez escorrer uma lágrima e soltou da boca uma voz embargada que, sinceramente, me comoveu. As palavras foram quase insignificantes diante da expressão mostrada naquele momento. Ele falava sobre a Floresta Amazônica e sobre os efeitos do aquecimento global sobre esta, falava como se tratasse em suas palavras de um filho que está padecendo em um leito de hospital e precisa de socorro.
A emoção contida nas palavras me fez abrir um largo sorriso, respeitoso e envergonhado. O primeiro sentimento em virtude da capacidade daquele senhor, de cabelos brancos e pele enrugada, de se indignar com tamanha veemência que deixou os outros convidados do programa estupefatos e paralisados. A vergonha surgiu do fato de ser um admirador do poder de revoltar-se e não aceitar as imposições do tão falado “sistema”, mas, ao mesmo tempo, não conseguir mostrar capacidade de indignação diante de coisas importantíssimas ao bem-estar do mundo.
Thiago de Mello, sendo ou não bom poeta, já me ensinou mais do que qualquer poesia sua poderia fazer. Mostrou-me a importância de se indignar diante das condições desfavoráveis que nos são oferecidas e aprender com elas o valor da liberdade de ação.
Por essas e por outras é que sempre dizem: “Ouçam os mais velhos, eles sempre têm algo a ensinar”.
quinta-feira, 5 de abril de 2007
Em outras palavras
Até aquele momento nada o fazia olhar para o lado, mesmo que ela estivesse lá. Podia estar parada, falante, até mesmo nua, que não faria a menor diferença aos olhos perdidos e perturbados que insistiam em olhar para baixo. Com a mesma facilidade que distribuía sorrisos ao léu pensava nas inúmeras possibilidades de que aquilo seria, mais uma vez, um devaneio seu. Sentia que aquele momento não lhe pertencia, mas queria fazer parte dele de qualquer forma.