Neomachismo. A palavra me soou perfeitamente estranha, mas prontamente me identifiquei com o radical da mesma. De machismo eu entendo. Não que eu seja um adepto do clube dos “nervosões” que batem no peito e acham que mulher não pode sair sozinha sem o namorado, longe disso. Sou defensor do instinto e do desejo. Se a mulher quer sair com o danado do cara e o rapaz não percebeu que “tá rolando o clima” ela não pode “chegar junto” e dizer que “tá afim”? Levando-se em conta o nosso senso comum e criação católica, apostólica, romana, jamais.
Companheiros de testosterona, não é de arrepiar quando uma mulher chega com aquela voz de anjo com a asa ferida e sussurra: - Tá sozinho gato? Que me perdoem os que discordam, mas vocês estão com problemas hormonais sérios. Faz bem pro ego, dá um upgrade na moral e nos garante umas boas horas em frente ao espelho forçando o tríceps, bíceps e falando para si mesmo: - Eu sou o cara!
Portando, ladies, usem saias curtas, calças de cintura baixa, salto alto, maquiagem, cabelo solto, preso, lentes de contato e tudo que têm direito. Telefonem, mandem mensagens, escrevam cartas, e-mails, mandem beijos, façam o “diabo a quatro”. Nós adoramos. E não se preocupem com os comentários maldosos dos comparsas de Jesse Valadão, no fundo eles estão todos querendo um afago, um mimo bem feito. Sejam Danielas Cicarelli.