quinta-feira, 2 de novembro de 2006

É só falar...

O olhar está apurado. Observa tudo à sua volta com a sensação de que um passo em falso representa a perda de uma chance para o arremate final. Cada conjunção de letras e sílabas parece conter significados que criam perspectivas novas. Na verdade, não são novas. São partes que nunca foram exploradas com o devido afinco e atenção, mas que estão presentes desde o primeiro minuto. O problema, agora, é transformá-las em algo factual.

As mesmas palavras que criam perspectiva a desfazem com uma simplicidade que causa calafrios. Ditas causam estranheza por não caber confirmação, se não ditas ficam armazenadas esperando alguma ação que as garantam sentido. De toda forma elas estão lá. A possibilidade de pensar em algo é somente a partir delas, e, ainda que não seja a forma ideal é tudo o que resta. Constatação penosa para quem nunca foi de procurar respostas em seus traços, mas que começa a enxergar alguma coisa em seus meios.

Dez palavras. Trinta sílabas. Cinqüenta letras. Possibilidades infinitas. Para o bem ou para o mal.

Prefiro as ações.

3 comentários:

Anônimo disse...

Complexo, hein? Não entendi muito não, mas achei bonito.
Bjs

Anônimo disse...

Aqui, monografia não tá te tomando tanto tempo assim, escreve mais aí! Bjim

R disse...

menino, a gente podia lançar um livro hein!! eu, vc, a cris e a Lira.. tipo
"os In-confidentes"!...kakakak.. pensa ae