“A vida é loka”. No momento atual da minha vida, não há nada que resuma tão bem e em tão poucas palavras o meu microcósmico ser. Logo eu que jamais acreditei em sentimentos, e, consequentemente, no valor de deles, estou sendo dominado por alguns inusitados. Descobrir quais são já é tarefa difícil, árdua e que tem transformado minha cabeça em algo tão complicado quanto entender quem está certo na guerra entre judeus e palestinos, descrevê-los é mais penoso ainda.
Não sei explicar o que é. Nunca quis dizer o que penso a ninguém, muitos menos quis que alguém soubesse o que se passa pela minha “cuca louca”, mas agora, a vontade é de gritar, espernear, berrar. Acredito que o termo mais certo seja extravasar. Mas como? Qual o motivo?
Talvez a música seja a arte do extravasar e dizer ao mundo o que não pode ser compreendido por nós. Acredito que seja assim, ou então, se não for deve ser a maneira com que eu consigo perceber o que me incomoda ou faz bem. Vinícius de Morais, Chico Buarque, Mano Brown, Jack Johnson, quantas dessas pessoas parecem ter a fórmula perfeita para expressar emoções que, imagino eu, eles nunca tenham sentido. Como eles fazem isso? Por quê?
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