Ao falar sobre os problemas que afligem o mundo, oriundos do aquecimento global, Thiago de Mello fez escorrer uma lágrima e soltou da boca uma voz embargada que, sinceramente, me comoveu. As palavras foram quase insignificantes diante da expressão mostrada naquele momento. Ele falava sobre a Floresta Amazônica e sobre os efeitos do aquecimento global sobre esta, falava como se tratasse em suas palavras de um filho que está padecendo em um leito de hospital e precisa de socorro.
A emoção contida nas palavras me fez abrir um largo sorriso, respeitoso e envergonhado. O primeiro sentimento em virtude da capacidade daquele senhor, de cabelos brancos e pele enrugada, de se indignar com tamanha veemência que deixou os outros convidados do programa estupefatos e paralisados. A vergonha surgiu do fato de ser um admirador do poder de revoltar-se e não aceitar as imposições do tão falado “sistema”, mas, ao mesmo tempo, não conseguir mostrar capacidade de indignação diante de coisas importantíssimas ao bem-estar do mundo.
Thiago de Mello, sendo ou não bom poeta, já me ensinou mais do que qualquer poesia sua poderia fazer. Mostrou-me a importância de se indignar diante das condições desfavoráveis que nos são oferecidas e aprender com elas o valor da liberdade de ação.
Por essas e por outras é que sempre dizem: “Ouçam os mais velhos, eles sempre têm algo a ensinar”.
2 comentários:
ótimo retorno. ótimo texto. ótima idéia. ótimo ensinamento!
então pq vc nao me escuta! sou mais velho q vc uai, entao me obedeço, para com esse seu mini sonho de ter apenas a carteira assinada!!!
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