sexta-feira, 29 de setembro de 2006
Em tempos de eleição, eis a lição
domingo, 24 de setembro de 2006
Aprendendo a fazer música...
“A vida é loka”. No momento atual da minha vida, não há nada que resuma tão bem e em tão poucas palavras o meu microcósmico ser. Logo eu que jamais acreditei em sentimentos, e, consequentemente, no valor de deles, estou sendo dominado por alguns inusitados. Descobrir quais são já é tarefa difícil, árdua e que tem transformado minha cabeça em algo tão complicado quanto entender quem está certo na guerra entre judeus e palestinos, descrevê-los é mais penoso ainda.
Não sei explicar o que é. Nunca quis dizer o que penso a ninguém, muitos menos quis que alguém soubesse o que se passa pela minha “cuca louca”, mas agora, a vontade é de gritar, espernear, berrar. Acredito que o termo mais certo seja extravasar. Mas como? Qual o motivo?
Talvez a música seja a arte do extravasar e dizer ao mundo o que não pode ser compreendido por nós. Acredito que seja assim, ou então, se não for deve ser a maneira com que eu consigo perceber o que me incomoda ou faz bem. Vinícius de Morais, Chico Buarque, Mano Brown, Jack Johnson, quantas dessas pessoas parecem ter a fórmula perfeita para expressar emoções que, imagino eu, eles nunca tenham sentido. Como eles fazem isso? Por quê?
domingo, 17 de setembro de 2006
.......
O que é o que é??
Clara e salgada,
cabe em um olho e pesa uma tonelada,
tem sabor de mar,
pode ser discreta,
inquilina da dor,
morada predileta.,
na calada ela vem,
refém da vingança,
irmã do desespero,
rival da esperança,
pode ser causada por vermes e mundanas
ou pelo espinho da flor, cruel que você ama,
amante do drama,
vem pra minha cama por querer,
sem me perguntar me fez sofrer,
e eu que me julguei forte,
e eu que me senti,
serei um fraco,
quando outras delas vir,
se o barato é louco e o processo é lento,
no momento,
deixa eu caminhar contra o vento,
do que adianta eu ser durão e o coração ser vulnerável,
o vento não, ele é suave, mas é frio e implacável,
(é quente) borrou a letra triste do poeta,
(só) correu no rosto pardo do profeta.
verme sai da reta,
a lágrima de um homem vai cair,
esse é o seu B.O. pra eternidade,
diz que homem não chora,
ta bom, falou...
não vai pra grupo irmão,
aí,
Jesus chorou!
sábado, 9 de setembro de 2006
Contraditório e inesperado!
Não sei de onde partiu essa vontade de escrever algo. Eu que não tenho muitos acessos de José Saramago resolvi colocar pra fora (que coisa mais retrô) tudo o que estava pensando no momento. Na verdade, estou com vontade de escrever por causa de um blog de uma amiga que me despertou a vontade de “cuspir” palavras ao léu. Naquele bendito lugar estão alguns textos completamente desconhecidos por mim, até então, mas de repente passaram a fazer muita diferença.
Acho até que contradição é a palavra que consegue construir uma definição de forma mais ampla e menos conflituosa sobre a minha pessoa. Às vezes acho que isso é um erro e penso que deveria seguir sempre o mesmo raciocínio e atuar como um robozinho. Seria mais fácil e menos turbulento, mas aí vêm o estudo, emprego, família, saúde mulheres e tudo mais o que consegue tirar o sono de um pobre mortal e me faz dizer o oposto de uma semana atrás. Dá-lhe contradição.
Acho que a vida é assim mesmo, às vezes pensamos muitos “straight” (juro que faltou palavra mais adequada), ou queremos ser assim e acabamos por nos “lascar”. Tanto por inaptidão para lidar com coisas novas, quanto com medo de tomar decisões diferentes e ter de arcar com as conseqüências. Dá-lhe contradição.
Além de contraditório, também estou me descobrindo surpreendente.